Com entusiasmo aceitei o convite do Ricardo Augusto, CEO da REDE-T, para contribuir com este artigo pessoal.
A provocação era clara. escrever livremente sobre o que realmente acredito.
E a resposta surgiu com naturalidade acredito no poder transformador da hospitalidade quando ela abraça a sustentabilidade, a inovação e a diversidade como pilares fundamentais.
A hospitalidade que me move não se limita a acolher com excelência. Ela busca regenerar.
Regenerar vínculos, territórios, ecossistemas e relações humanas.
É uma hospitalidade que reconhece que o futuro do turismo e da própria experiência de viajar depende da consciência de seus líderes e da capacidade de integrar cuidado com o planeta e respeito genuíno pelas pessoas.
Vivemos uma era em que repetir padrões do passado já não basta.
A urgência climática, a desigualdade social e o esgotamento dos recursos naturais nos impõem uma escolha.
Continuar operando de forma extrativa ou transitar para uma atuação regenerativa.
E a boa notícia é que essa transição é possível.
Mas exige coragem para repensar práticas, escutar territórios e valorizar aquilo que é invisível nas métricas, mas essencial na experiência: a intenção.
A hospitalidade regenerativa começa com perguntas novas:
De onde vêm os alimentos que servimos?
Como tratamos nossos colaboradores e comunidades vizinhas?
Qual é a pegada de carbono da nossa operação?
Como podemos gerar impacto positivo e não apenas minimizar danos?
A resposta está em pequenos gestos com grandes consequências.
Priorizar fornecedores locais e orgânicos, reduzir plásticos, acolher com empatia, incluir com verdade, capacitar com dignidade.
Mais do que uma tendência, essa abordagem é um chamado.
Um convite para colocarmos o ser humano e a natureza no centro das decisões.
Para transformarmos nossos hotéis, pousadas e restaurantes em espaços de reconexão com a terra, com a cultura e com o outro.
O luxo do futuro não será medido em estrelas, mas em valores.
Não será apenas sobre conforto, mas sobre consciência.
A hospitalidade que acredito é regenerativa porque não se contenta em ser menos impactante: ela quer ser mais significativa.
É o momento de repensar.
De reconstruir.
De liderar com propósito.
E acima de tudo, é tempo de lembrar que servir é, também, um ato de cuidar.