Durante muito tempo, acreditei que bastava tomar decisões com base em dados. E durante muito tempo, isso foi suficiente.
Saber ler números, ajustar preços, interpretar tendências, antecipar movimentos do mercado, analisar o melhor caminho para a rentabilidade, ADR versus ocupação. Essa tem sido a base da nossa área e continua a ser essencial. Mas a rentabilidade, por si só, já não sustenta o sucesso.
O contexto atual da hotelaria é exigente. Os mercados mudam, a pressão aumenta e o talento escapa. Manter equipas estáveis, motivadas e com sentido de propósito tornou-se um dos maiores desafios e também o maior diferencial competitivo.
O setor da hotelaria atravessa uma fase de transformação profunda. E foi aí que percebi: a liderança tem de ir além da análise, tem de chegar às pessoas.
Foi quando comecei a integrar uma nova forma de liderar: a escuta ativa, a leitura do não verbal, a sensibilidade ao momento humano por detrás dos resultados.
Hoje, a minha liderança assenta em três pilares: a estratégia que estrutura, os dados que orientam e a escuta que liga.
Porque o verdadeiro ativo das organizações não são só os indicadores.
São as pessoas que os tornam possíveis.
Estamos numa nova era na hotelaria:
Uma era de líderes que não se impõem — inspiram.
Que não apenas ajustam preços - ajustam dinâmicas.
Que não se limitam a gerir recursos —desenvolvem pessoas.
Liderar é mais do que rentabilizar.
É ver.
É ouvir.
É alinhar talento com propósito.
E isso, sim, é estratégia com impacto real.
Esse é o caminho que escolhi.
É por aí que quero continuar a evoluir e a inspirar.