Postado em terça-feira, 24 de junho de 2025 08:01

Carlos Matuto, diretor comercial do Convento do Espinheiro, revelou ao TNews que os proprietários da unidade localizada em Évora tencionam expandir-se noutras localidades alentejanas através da submarca Amada. Na mesa estão projetos em Arraiolos, no Alqueva, em Estremoz, em Vila Viçosa e na Portela. Além disso, planeiam transformar o Convento do Carmo, em Moura, num hotel de cinco estrelas, mas a obra continua embargada.

Neste momento, os proprietários têm três propriedades em funcionamento: Convento do Espinheiro, Cenoura Brava e Amada Moura, e duas em processo de iniciação, sem data de abertura.

O diretor comercial explicou, em primeira instância, que o Convento do Espinheiro “é um produto isolado”, acrescentando que as próximas unidades serão sempre através da submarca Amada.

“A ideia é focarmo-nos sempre no Alentejo. Queremos mostrar um pouco mais da região ao mundo, à semelhança do que fizemos há 20 anos com o Convento do Espinheiro – o primeiro hotel de 5 estrelas do Alentejo”, referiu, salientado que “planeamos fazer o mesmo que fizemos com a Amada Moura, que basicamente é pegar num palacete e convertê-lo em hotel, mantendo sempre a sua identidade e história.”

Quinta do Santo faz rebranding para Cenoura Brava

Carlos Matuto anunciou o rebranding da Quinta do Santo para Cenoura Brava. Anteriormente conhecida por ser um restaurante com quartos, a Quinta do Santo surgiu em 2022 para oferecer algo diferenciador na área da restauração, em Évora.

“A Quinta do Santo era um restaurante com quartos graças ao Cenoura Brava. Neste momento, estamos a fazer algumas alterações, nomeadamente no nome da unidade, que passa a chamar-se Cenoura Brava, e no restaurante. O menu de degustação não resulta em Évora, por isso vamos apostar num menu à la carte.”  

Quando abrir, o restaurante servirá não hóspedes e, se a propriedade for reservada com um todo, terá acesso exclusivo aos hóspedes.

Convento do Espinheiro vive “o melhor trimestre de sempre”

Carlos Matuto adiantou que o Convento do Espinheiro está a viver “o melhor primeiro trimestre de sempre”. “Abril e maio estão a correr bem, tivemos aqui alguns problemas por causa do inverno prolongado, mas ainda assim os resultados estão a ser muito bons.”

O Cenoura Brava esteve fechado no inverno para manutenção. Já a Amada Moura reabriu no início de abril pela mesma razão. “No caso da Amada Moura, o ano zero foi 2024. Tivemos que fazer algumas correções e melhorias e, por isso, esteve fechada no inverno. Ainda não temos dados concretos, mas a operação está a correr bem.”

Relativamente a mercados, Carlos Matuto salientou que na Amada Moura os mercados mais frequentes são o português, o alemão e o inglês. Já em Évora, os principais são o nacional, o americano, o brasileiro e o canadiano.

Por sua vez, o segmento do Cenoura Brava e da Amada Moura é o de lazer, enquanto o Convento do Espinheiro “acaba por trabalhar todos os segmentos”.

Quanto à taxa de ocupação, a Amada Moura registou uma taxa de 60% em abril – o melhor mês em termos de ocupação. Já o Convento do Espinheiro alcançou, em abril, uma taxa de ocupação de 87%, embora a época alta seja de abril a outubro.

O Cenoura Brava, segundo Carlos Matuto, é “um produto mais procurado no verão”. “A procura aumenta mais em períodos festivos, férias escolares e, principalmente, no verão. Há, no entanto, alguma procura no inverno por grupos de amigos ou familiares que acabam por reservar a propriedade como um todo.”

Para o final do ano, as perspetivas são “boas”. “2025 aparenta ser um bom ano. Tivemos esta questão do inverno prolongado, que afetou toda a gente, mas continuamos a acreditar que 2025 vai ser um bom ano.”

 

by TNEWS