Postado em quarta-feira, 7 de junho de 2023 07:34

Os portugueses planeiam gastar em média 1624 euros nas férias de verão deste ano, de acordo com o 22.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS. Este valor representa um aumento de 5% em relação a 2022 e é o mais elevado dos últimos cinco anos. No entanto, os portugueses ainda ficam aquém da média europeia, que se situa nos 1918€.

O mesmo estudo revela que os portugueses estão dispostos a viajar (78% estão a fazer planos para as férias de verão), mas a inflação é o principal motivo para se sentirem mais retraídos na hora de fazer planos. Portugal é o país europeu em que o receio da inflação é maior (84%), mas, apesar dos planos, apenas 35% dos respondentes portugueses já reservaram as suas férias.

Devido ao contexto económico marcado pela inflação, quase metade dos inquiridos (46%) planeiam adaptar o seu plano de viagem, reduzindo o orçamento para as despesas de alojamento. O estudo revela ainda que a maioria dos portugueses (54%) opta por destinos no estrangeiro, sendo que Espanha (23%), França (11%) e Itália (9%) são os países mais populares. No entanto, 47% dos portugueses planeiam passar férias em Portugal, regressando aos valores pré-pandemia de 2019.

Quanto aos meios de transporte, o carro continua a ser o mais utilizado pelos portugueses para as férias (47%), mas o avião registou um maior crescimento em comparação com outros países europeus, com um aumento de 7 pontos percentuais. Outra tendência visível este ano é a crescente atração das cidades como destino de férias, com 39% dos portugueses a escolherem essa opção, o que representa um aumento de 8 pontos percentuais em relação a 2022. No entanto, a praia continua a ser a escolha mais popular para as férias de verão em Portugal, com 59% dos inquiridos a preferirem esse tipo de destino.
Portugueses querem viagens mais sustentáveis

Os portugueses demonstram um forte empenho em adotar comportamentos mais sustentáveis nas suas viagens. De acordo com o estudo, 94% dos inquiridos pretendem contribuir para a diminuição dos impactos ambientais, económicos e sociais durante as suas viagens, em linha com Espanha e Itália. Entre as medidas referidas, destacam-se a promoção da utilização dos recursos locais (94%), a redução da quantidade de resíduos no país de destino (93%) e o apoio à economia local.

Contrariamente à tendência na maioria dos países europeus, Estados Unidos da América, Canadá e Austrália, em Portugal verifica-se uma redução na intenção de trabalhar a partir do local das férias, menos 6 pontos percentuais que em 2022, sendo a intenção de 33% dos respondentes nacionais.

No que diz respeito ao planeamento das próximas férias, os portugueses estão a considerar as coberturas de seguro de viagem. As principais coberturas equacionadas são as despesas médicas (83%) e a proteção da bagagem e objetos pessoais (80%). Além disso, os portugueses expressaram interesse em benefícios adicionais nas apólices de seguro, como alertas de segurança em tempo real (70%), aplicação móvel com informações sobre serviços relacionados a viagens e seguros (69%), portal web com informações sobre serviços relacionados a viagens e seguros (67%), acesso ao lounge do aeroporto em caso de atraso do voo (65%) e serviços de telemedicina (58%).

De acordo com o estudo, na escolha de uma empresa seguradora, as políticas de impacto ambiental, social e de governação adotadas pela empresa podem fazer a diferença para os portugueses. A literacia do seguro (56%) e um alto nível de satisfação do cliente (52%) são fatores determinantes.

Os inquiridos no 22.º Barómetro Anual de Férias de Verão da Europ Assistance mostram que o desejo de viajar é acentuado em toda a Europa, sentindo-se cada vez menos o impacto da covid-19. A duração média das férias, cerca de 2 semanas, é idêntica na Europa, Austrália e Canadá, tendo o valor em Portugal aumentado 0,3 nos últimos dois anos, sendo dos países europeus em que esta tendência foi mais acentuada, registando este ano um valor de 1,9 semanas.

 

by TNEWS