Revolução Laboral ou Industrial?

Numa altura em que urge resolver o problema da falta de mão de obra, especializada ou não no sector hoteleiro, começa a ser obvia a necessidade de se restruturar a forma de pensar e de captar talentos, de os segurar nas empresas e de os munir das condições necessárias ao seu bom desempenho, à progressão natural nas carreiras, crescimento profissional e bem-estar.

André Mendes da Silva

Numa altura em que urge resolver o problema da falta de mão de obra, especializada ou não no sector hoteleiro, começa a ser obvia a necessidade de se restruturar a forma de pensar e de captar talentos, de os segurar nas empresas e de os munir das condições necessárias ao seu bom desempenho, à progressão natural nas carreiras, crescimento profissional e bem-estar.

Para isso será necessário um plano de médio prazo, um ajuste significativo nos salários de base e um sistema de formação e promoções internas que valorize os trabalhadores diferenciados, os motive a chegar ao patamar seguinte e os segure, nas épocas de menor pujança do turismo sazonal.

Esses níveis hierárquicos e salariais devem ser claros, específicos e do conhecimento dos interessados, devem ser promovidos e potenciados internamente de forma a consolidar os interesses futuros das empresas, de garantir o melhor rendimento dos funcionários com maior capacidade e de os aproveitar posteriormente, como chefias preparadas e competentes que dominam a sua profissão.

Nunca os departamentos de recursos humanos, os diretores, os recrutadores e as empresas de captações de talentos foram tão importantes na nossa indústria, o problema é global e estrutural, e teremos de ser todos nós a resolvê-lo.

O trabalho de casa terá de ser feito internamente por cada companhia, para que com a ajuda de todos os players do mercado se possa, literalmente, efetuar a tão desejada revolução laboral no sector.

E o tempo para o fazer, já foi há algum tempo atrás!!

André Mendes da Silva

Diretor Geral Operações de F&B – Luna Hotels & Resorts