Perfil Rede-T

Chefe Mauro Loureiro
Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal 
Região: Norte

Nasceu a norte, na vila de Fão, Esposende, em Braga, região de boa comida e mesa farta. Não é de estranhar que Arroz de Lampreia à moda do Minho, Rojões à Minhota ou Tripas à Moda do Porto sejam algumas das suas comidas de eleição. Muitas destas, em criança, eram confecionadas pelo pai, amante da arte de bem comer e cozinhar.
Hoje, enquanto cozinheiro, Mauro Loureiro privilegia essa mesma cozinha de antes, de qualidade e com produtos regionais, aplicando as técnicas que aprendeu ao longo da carreira. O seu caminho na hospitalidade começou na gestão de restaurantes, mais especificamente na empresa Ibersol tendo, uma década depois, viajado até Paris na ambição de prosseguir estudos na área.

Foi lá que iniciou o curso de economia e gestão e, nos tempos livres, já se dedicava a aprimorar receitas através de livros de chefes afamados como Alain Ducasse e Paul Bocuse.

É nessa altura que decide seguir o que realmente o fazia feliz, a cozinha, e rapidamente, sem experiência, propõe-se a um estágio no restaurante francês Terroir Parisien onde acaba por ficar um ano. Na volta a Portugal decide ganhar mais conhecimentos e forma-se em gestão e produção de cozinha. Finalizado o curso, estagia no Pure C, na Holanda. No retorno a Portugal, é convidado para chefiar os restaurantes Taberna do Largo e Mar ao Largo, em Setúbal — terra que hoje é a sua casa. Com sede de aprender mais resolve logo depois ingressar num mestrado em Ciências Gastronómicas que atualmente concilia com o papel de formador na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal. O ensino, confessa, foi paixão à primeira vista e será cada vez mais fruto da sua dedicação no futuro.

Para Mauro, é uma enorme responsabilidade formar as gerações futuras e oferecer-lhes ferramentas para que possam ser bem-sucedidos na profissão. Para o cozinheiro, trabalhar com o produto local é um dos maiores ensinamentos que oferece, seja de um ponto de vista ambiental, económico, apoiando os produtores locais e a economia circular. E o que não falta em Setúbal é bom produto, do mar e da terra, e inspiração infinita