Junho de 2025

A Rede T é uma plataforma que conecta profissionais de cozinha a oportunidades de trabalho, como eventos e colaborações sazonais. Valoriza o talento, facilita a contratação e promove a profissionalização do setor, funcionando como uma comunidade ativa de apoio e desenvolvimento na área da gastronomia.

Hugo Alves

“O Bacalhau e a Orelheira”

Bacalhau / Gyozas de orelheira / Cenoura picante / Alho fermentado / Pickles /ceboletes / moscow mule

Ingredientes:

  • Lombos de bacalhau – 800g
  • Cabeça porco fumada – 600g
  • Farinha trigo – 200g
  • Cebolinhas – 50g
  • Açúcar – 100g
  • Vinagre de arroz – 100g
  • Pimenta em grão – 2g
  • Beterraba – 20g
  • Cenoura – 500g
  • Água – 5000g
  • Gengibre – 60g
  • Alho – 20g
  • Malagueta – 15g
  • Manteiga – 200g
  • Louro – 2g
  • Cebola – 100g
  • Mini ceboletes – 12 unid.
  • Vodka – 10g
  • Água tónica ginger beer – 200g
  • Alho fermentado – 100g
  • Lecitina de soja – 15g
  • Crème vinagre balsâmico – 5g
  • Sal – 30g
  • Cebolinho – 1g
  • Echalotes – 30g
  • Galanga – 15g
  • Lima – 80g
  • Azeite – 100g

MÉTODO DE CONFECÇÃO: 

Gyozas de Orelheira de Porco: 

Recheio: Numa panela com água cozemos a orelheira inteira, com cebola, alho e louro até se desfazer, reservamos o caldo e desfiamos a carne, sem couratos e ossos, reservamos. 

Num tacho pequeno derretemos 50 gramas de manteiga e adicionando 50 gramas de farinha fazemos uma embamata, onde acrescentamos apenas água de cozer a orelheira. 

No fim deste processo juntamos a embamata á carne até obter um recheio cremoso, e finalizamos com cebolinho fresco picado e chalota picada salteada, colocamos em saco de pasteleiro e reservamos. 

Massa gyozas: Fervemos 90 gr de caldo de orelheira e vertemos para dentro de uma taça com 150 gr de farinha, mexemos com ajuda de dois paus de sushi, até conseguirmos mexer com as mãos, depois trabalhamos a massa muito bem até ficar homogénea, descansamos a massa meia hora em pelicula aderente antes de esticar, e rechear.

 

Pickles de cebolinhas, em molho Su: 

Fervemos o vinagre de arroz, com o açucar, uma pitada de sal e a beterraba, 

Descascamos as cebolinhas, cortamos em metades, colocamos num frasco, vertemos o molho Su, e abafamos o frasco. 

Na hora de empratar retiramos apenas pétalas. 

Molho de cenoura picante: 

Trituramos as cenouras com 700 gr de água num liquidificador, colocamos num tacho a ferver em lume medio, com a malagueta picada, gengibre picado, alho picado, chalotas picadas e a galanga picada, e reduzir a metade. 

Quando reduzir a metade passamos por um chinês de rede fino e voltamos ao lume até reduzir novamente a metade. Na hora de empratar com o molho a ferver adicionamos 100gr de manteiga fria aos poucos mexendo sempre com umas varas. 

 

Emulsão de moscow mule: 

Num shaker com gelo juntamos 5 cl de vodka, a água tónica, e sumo de uma lima, mexemos ligeiramente, retiramos o gelo passando para um copo alto, acrescentamos a lecitina de soja e misturamos com a varinha mágica. 

Na hora de empratar emulsionamos e colocamos apenas o ar. 

Creme de alho negro: 

Num liquidificador juntamos o alho fermentado, o creme de vinagre balsâmico e uma pitada de sal, trituramos até obter um creme liso. 

Colocamos em saco de pasteleiro para empratar.

 

Bacalhau/gyozas/ceboletes: 

Num tacho antiaderente, com um fio de azeite, colocamos o bacalhau com a pele virada para baixo, as gyozas e os ceboletes sem a rama, deixamos corar bem de ambos os lados e finalizamos com manteiga até atingir o ponto de noisette. 

O bacalhau e as gyozas servimos diretamente e os ceboletes rejeitamos a camada de fora que estará queimada e apenas servimos a parte interior mais tenra e cremosa.

BIOGRAFIA

O chef Hugo Alves é uma das figuras emergentes da gastronomia portuguesa, tendo alcançado notoriedade ao vencer o prestigiado concurso Chefe Cozinheiro do Ano (CCA) em 2021, aos 29 anos. Natural de Braga, a sua trajetória profissional é marcada por uma ascensão sólida e dedicada, com passagens por algumas das cozinhas mais conceituadas do país.

A Formação e percurso profissional 
Hugo Alves iniciou a sua formação em cozinha e pastelaria na Associação Comercial de Braga, o que o levou a estagiar nos Hotéis do Bom Jesus sob a orientação do chef José Vinagre, uma experiência que considera fundamental para o seu desenvolvimento na cozinha e tradicional portuguesa funcionando como um base sólida nos projetos seguintes. 

Ao longo da sua carreira, passou por estabelecimentos como o Tempus Hotel & Spa em Ponte da Barca, o Hotel AS 1829, Antiqvvm (com duas estrelas Michelin), Restaurante Pedro Lemos (uma estrela Michelin) ambos no Porto, e ainda o The Yeatman em Gaia (com duas estrelas Michelin) onde consolidou a sua experiência em alta gastronomia

A Vitória no Chefe Cozinheiro do Ano 2021 
A 30 de novembro de 2021, Hugo Alves venceu a 32ª edição do concurso Chefe Cozinheiro do Ano, realizado no The Baron's Hall, em Vila Nova de Gaia. O seu menu de inspiração minhota incluiu: 

  • Sopa de nabos (entrada) 
  • Bacalhau e orelheira (prato de peixe) 
  • Pica no chão (prato de carne) 
  • Pudim Abade de Priscos (sobremesa) 

O chef dedicou a vitória aos amigos e colegas que o apoiaram, destacando os desafios enfrentados durante a pandemia e considerando o prémio um marco importante na sua carreira.

O Último Projeto : Restaurante Norma 
Em 2022, Hugo Alves deu um passo significativo na sua carreira ao abrir o seu próprio restaurante, o Norma, em Guimarães. Este projeto reflete a sua visão pessoal da cozinha portuguesa contemporânea, combinando tradição e inovação conquistando com com o mesmo dois Bib Gourmand no famoso Guia Michelin em 2023 e 2024.

A trajetória de Hugo Alves é um exemplo de dedicação e paixão pela culinária, destacando-se pela valorização da cozinha regional portuguesa com toques contemporâneos e pela busca constante de excelência.